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Clube Física e Química

“destruidor de mundos”

a bomba atómica de oppenheimer

A história do ser humano está cheia de paradoxos. Podemos dizer que vivemos num deles desde o final da Segunda Guerra Mundial. Referimo-nos ao facto de as bombas nucleares, as armas mais destrutivas alguma vez criadas pelo ser humano, capazes de reduzir o nosso planeta a cinzas várias vezes, se terem tornado precisamente a maior garantia de paz no mundo, funcionando em diversas ocasiões como travão para uma escalada bélica com consequências potencialmente terríveis. O melhor exemplo disto é a Guerra Fria. Quando falamos em bombas nucleares, não podemos deixar de parte um dos principais artífices da sua criação, uma personagem cuja vida é igualmente paradoxal. Referimo-nos a Julius Robert Oppenheimer.

A ascensão de Adolf Hitler na Alemanha levou físicos como Albert Einstein, Leo Szilard e Eugene Wigner a alertar o governo dos EUA para o perigo que representaria para a humanidade se os nazis conseguissem fabricar primeiro uma bomba nuclear.

Em resposta, o governo dos EUA reuniu uma equipa de físicos atómicos de primeira linha, chefiada por Oppenheimer, que tinha ganho reputação internacional pela sua investigação sobre partículas subatómicas.

Naquele que ficou conhecido como o Projeto Manhattan, Oppenheimer e a sua equipa transferiram a sua investigação para a remota localidade de Los Alamos, no Novo México, e, em julho de 1945, teve lugar a primeira explosão nuclear do mundo (experiência Trinity).

Menos de um mês depois, a 6 e 9 de agosto de 1945, os militares norte-americanos lançaram bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki, matando 110 mil pessoas instantaneamente e dezenas de milhares de outras no espaço de um ano. Em outubro do mesmo ano, Oppenheimer demitiu-se do seu cargo.

Saiba mais sobre Oppenheimer e como funcionou a sua bomba atómica
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